terça-feira, maio 10

Governo tenta Golpe usando Waldir Maranhão para barrar Impeachment e dá com os burros n'água

Renan Calheiros furou a tentativa de Golpe Petista...
A semana decisiva para o Governo Dilma Rousseff teve o dia mais movimentado desde que o Processo de Impeachment começou a tramitar na Câmara do Deputados, no final de 2015. Quando todos esperavam por um dia de calmaria, eis que tudo veio por terra quando o Vice-Presidente da Câmara, Waldir Maranhão ( PP-MA ), assombrou a todos ( menos, é claro, os Governistas ) com uma decisão monocrática de Anular a Sessão em que se aprovou a autorização para que o Senado Federal processa-se a Presidente. E ai o caos se instaurou.

Antes de falar dos desdobramentos, irei falar sobre como isso foi possível: o Governador Flávio Dino ( PC do B-MA ) conversou durante todo o fim de semana com Waldir Maranhão tentando fazer com que ele acatasse um pedido feito pela AGU ( Advocacia Geral da União ), cancelando a Sessão em que se aprovou o Impeachment ( leia aqui a nota de Maranhão explicando porque tomou a decisão ). Dino e Maranhão viajaram juntos, e num jato da força aérea nacional, para Brasília ontem, jantaram na casa de Sílvio Costa, com a presença de vários membros da base aliada, bem como José Eduardo Cardozo, apenas o Chefe da AGU. Supimpa... ali acertaram os termos do verdadeiro Golpe na Democracia em todo o processo.

Bom, com o caos instaurado as reações foram as maiores possíveis, com a oposição atacando a decisão de Maranhão e a ínfima base do Governo comemorando. As redes sociais, é claro, ficaram em polvorosa. Conforme a tarde avançava, diversas teorias de como contornar e/ou manter a decisão do Presidente Interino. O PP, seu partido, abriu um processo para expulsá-lo. Outros parlamentares entraram com ação junto ao Supremo para anular a decisão e um outro grupo providenciou uma Sessão para esta terça para, no plenário, cancelar o ato. Enfim, de um modo geral, só os Governistas gostaram do ato, que foi por eles patrocinado.

Mas existia uma questão: o processo já estava, desde o dia 19 de Abril, no Senado. Poderia, então, a Câmara cancelar um ato que já produzia atos no Senado? Pois é, diversos Juristas disseram que Renan Calheiros tinha segurança jurídica para manter o processo em seu tramite normal. Mas Calheiros, considerado um Senador simpático ao Governo,  iria bancar manter o processo? Pois bem Renan, o sempre contestado e com mais de 10 citações na Lava Jato, nem ligou para a patacoada governista e determinou que o Impeachment prossegue. Neste momento, todos os governistas caíram na real, de que vai ter votação essa semana ( na quarta ) e de que a semana vai terminar sem Dilma no poder. Quem diria...

Os Governistas reclamaram, chiaram e prometem ir ao Supremo Tribunal Federal, que até agora nao se meteu neste imbróglio, mas sempre pairam duvidas quanto a certos Ministros. O que se sabe é que, até segundo ordem, Dilma segue cumprindo aviso prévio, que terminará - salvo um dia parecido com esta segunda, na quinta.

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