domingo, julho 13

Os 5 maiores fiascos da Seleção em Copas...

Agora que a vergonha foi consumada, é hora de situar esta palhaçada protagonizada por Felipão e seus Blue Caps. Abaixo, e por ordem de tamanho do fiasco, os 5 maiores fiascos do Brasil em Copas ( 1950 não entra na lista, porque aquilo foi um desastre. E uma seleção que chega na final não dá vexame ):

1966 Inglaterra - Eliminação na primeira fase, 1 vitória e 2 derrotas.


Uma grande dúvida entre ela e a de 34 Mas eu optei por esta porque existia talento para vencer a Copa, o que não houve foi organização. Em 34 o time viajou várias semanas de navio e chegou em cima da hora, além de não ter - nem de longe - levado um bom time. Mas vamos deixar de lado o fiasco ocorrido na terra da pizza e vamos focar no de 66.

Você consegue imaginar uma preparação com 47 times? Ou uma convocação de um jogador errado, porque o apelido era o mesmo? Ou ainda um Diretor da CBD ( Confederação Brasileira de Desportos ) mandar convocar mais jogadores do Corinthians? Pois é... mas teve mais: trocaram o preparado Paulo Amaral por um do Judô ( isso mesmo!!! ), o time passou por 5 cidades diferentes em solo brasileiro e foram formados 4 times. É preciso lembrar que esta foi a primeira Copa sob o julgo da Ditadura Militar e era preciso levar a Seleção a quase todos os lugares.

Na hora de fechar a lista, todos esperavam que os escolhidos saíram das duas seleções mais fortes, mas teve mais gente da "seleção" mais fraca do que da considerada mais "forte". Por ai dá para se ter um ideia do que foi aquilo...

O fato é que a Seleção que foi para Inglaterra tinha veteranos em fim de carreira ( Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Zito e Garrincha ) e jovens sem qualquer experiência ( Gérson, Tostão e Jairzinho ) que seriam campeões no México. Mas o que tinha de pereba... basta dizer que Carlos Alberto, o capitão de 70, foi preterido por um lateral horrível cujo apelido era Touro Sentado ( Fidélis está na foto acima, é o último em pé ). Mas tinha mais: Silva, Paraná, Alcindo... alguns nem eram ruins, mas jamais poderiam ter jogado uma copa...

Num grupo que parecia acessível, o Brasil só venceu a péssima Bulgária. E mesmo assim com dois gols de falta. Foi engolido por Hungria e Portugal por 3x1. E ficou em sua pior colocação em uma Copa com grupos.

1934 Itália - Eliminado na primeira partida.


As Copas de 34 e 38 tiveram o mais terrível regulamento de todas as Copas: era tudo eliminatório. 16 seleções já começavam se matando desde o primeiro dia. O Brasil caiu diante da Espanha de Ricardo Zamora ( o melhor goleiro da história espanhola ) por 3x1. Mas não é esse o problema...

O Brasil vivia os primeiros dias do profissionalismo. E a CBD estava as turras com os paulistas ( que já enfraquecera a Seleção em 1930 ), e tentava - a todo custo - manter o amadorismo marrom, porque pagava salários de forma disfarçada. Dessa forma o Brasil mandou para a longa viagem ( diversas semanas a bordo de um navio ) um time fraco, reforçado com o Diamante Negro, Leônidas da Silva, que era profissional.

O time chegou em terra italianas, dois dias antes da partida. E os jogadores tinham engordado!!! Resultado? Em 30 minutos estava 3x0. Leônidas ainda descontaria e tornaria-se o primeiro a marcar em duas Copas pelo Brasil. Mas foi feio...

1990 Itália - Eliminado nas Oitavas, 3 vitórias e 1 derrota, 4 gols marcados, 2 sofridos.


Craques, cercados de bons jogadores. O que poderia dar errado? Humm... quase tudo. Primeiro veio a escolha do Técnico: Sebastião Lazaroni. Ele era treinador do Vasco, cujo diretor de futebol  - o malfadado - Eurico Miranda era o homem forte da seleção naqueles primeiros dias de Ricardo Teixeira. Depois veio a implantação do esquema tático com líbero, cargo que coube a Mauro Galvão. Vitórias contra Holanda e Itália ainda em 1989, deram a impressão de que o time estava no caminho certo. Nem mesmo uma derrota para a Inglaterra e, pasmém!!!, um combinado de jogadores amadores da região da Umbria ascenderam o sinal de alerta.

Além disso o grupo era claramente rachado, sobretudo pela questão financeira. Antes de viagem, uma foto passaria para a história: os jogadores cobrindo a logomarca da Pepsi, então patrocinadora. Resultado? um time fraco, sem brilho. Nem o fato de ter um dos 3 melhores atacantes do mundo à época, Careca, ajudou. Passando de fase sem qualquer brilho, veio as oitavas. O adversário? A Argentina de Maradona. O que aconteceu? A melhor partida do time na Copa, mas em um lance de gênio, Dom Diego dribla meio time e serve para Cannigia fuzilar Taffarel. 

Essa Seleção ficaria marcada com o fiasco antes do sucesso: meio time estaria na conquista do Tetra, 4 anos depois.

1974 Alemanha - 4º Lugar, 3 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.


40 anos. É o que eu tenho de idade. E eu cresci ouvindo meu pai falando que Zagallo foi campeão em 1970 com o time do "povo". Deixando claro para todos, que se o time fosse o dele seria diferente. Muitos não entenderam direito na época, mas em 74 ficou bem claro. O time que iria ganhar o Tetra, era horrível. Duvida? E seu lhe contar que o time empatou em 0x0 nas duas primeiras partidas e que suou para fazer 3x0 no Zaire, sendo que se fizesse apenas 2 seria eliminado na primeira fase?

Classificado sabe-se lá como, o Brasil seguiu péssimo, mas ao menos venceu Alemanha Oriental e Argentina. E, por uma dessas coisas que só acontecem no futebol, a vaga na final estaria a uma vitória contra a Holanda. Era o melhor time, mas vencer a Holanda valeria seguir sonhando com o Tetra. Parece algum time recente?

Sobre a partida disputada em Dortmund, sempre é preciso dizer que Paulo César Cajú e Jairzinho tiveram duas ótimas chances para abrir o placar, que - é verdade - poderia mudar o resultado. Mas Leão fez uma das melhores defesas da história das Copas. O que aconteceu foi que no segundo tempo Cruiff e Neskeens fizeram 2x0. E o Brasil foi para a disputa do terceiro lugar...

E perdeu para a Polônia, 1x0. E Zagallo nunca mais deveria ser técnico do Brasil em Copas... mas ele voltaria.

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