sábado, abril 19

Faleceu Luciano do Valle. Ou do Vólei, do Basquete, do Boxe...

Valle para mim é insubstituível...
Meu gosto, como todos devem saber, não admite sutilezas. E em termos de Narrador Esportivo eu só admirava uma pessoa: Luciano do Valle. Ele transcendeu a função de cronista esportivo para virar um fomentador do esporte brasileiro. Pegue-se o desempenho do Brasil em Olimpíadas antes de 1984 e compare-o com o depois dos jogos de Los Angeles. A melhora no número de medalhas tem o dedo de Luciano.

Que fez de tudo um pouco e muito mais. Tornou Rui Chapéu uma celebridade nacional, fez Adilson Rodrigues, o Maguila, um ídolo como poucos o foram antes ou depois, acompanhou o renascimento de Emerson Fittipaldi e sobretudo ajudou a fazer do Vólei Nacional a potência que ele é hoje. Sim, tem dedo do seu bolacha nisso tudo. E tem em outras áreas.

Luciano tem narrações memoráveis. Como não lembrar das duas últimas voltas de Indianópolis em 89, quando o Rato ( apelido de Emerson ) entrou lado-a-lado na curva e Al Unser Jr foi parar no muro? Ou do golaço de Zico no Arruda, diante da Iugoslávia? Ou da conquista da medalha de ouro do Vólei em 92, nos jogos de Barcelona?

Luciano, 70, morreu enquanto viajava para Uberlândia, onde iria cobrir a estréia do Corinthians diante do Atlético-MG. Sentiu-se mal durante o voo e assim que o mesmo pousou ainda foi transferido para UTI de um hospital local. Mas não resistiu e faleceu em decorrências de um ataque cardíaco.

Sem dúvida deixará muitas saudades. Que me desculpem quem preferir babação e gritaria, mas Galvão Bueno nunca será o que Luciano do Valle foi. Pois este, como já disse lá em cima, transcendeu as funções de cronista. Que descanse em Paz. 

E minha Copa já sofreu sua maior perda. E por isso, já será triste...

Diversos times estão fazendo homenagens a Luciano. Aqui a do Santos, meu time de coração:


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